segunda-feira, 18 de maio de 2009

FAROL GARCIA D`ÁVILA, BA

FAROL GARCIA D'ÁVILA (Bahia)
Semira Adler Vainsencher
Pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco


Durante mais de três séculos e meio, a única construção notável da Praia do Forte, no Estado da Bahia (uma praia, hoje, repleta de turistas), era um castelo em estilo medieval, erigido em 1551 por Garcia d’Ávila um almoxarife de fazenda da expedição de Tomé de Souza. O castelo ficava situado no alto de uma colina, e sua torre era visível a uma distância de 19 milhas náuticas.

Ao longo de todo aquele tempo, a maior referência na área era a Casa da Torre, assim denominada a torre do castelo porque, nela, sempre se acendia uma fogueira para a luz nortear os navegantes.

Em 1916, junto aos coqueiros da Praia do Forte, mas preservando os seus 12 quilômetros de praia, foi erigido o Farol Garcia d’Ávila. Em se tratando de modelo arquitetônico, escolheu-se uma torre Mitchell, o mais usado na época, bem como o mais apropriado ao solo da região.

Duas décadas depois disso, contudo, devido ao avanço contínuo do mar, a estrutura do farol ficou muito abalada. A despeito dos esforços empreendidos, e das inúmeras barreiras feitas com os próprios coqueiros derrubados, as ondas salgadas do mar continuaram corroendo e ameaçando a base do farol.

Por causa disso, então, uma outra torre teve de ser construída. Esta, por sua vez, possuía um equipamento automático. O acervo de tal obra, porém, desapareceu quase por completo, porque se encontrava dentro do Navio Balizador Faroleiro Wanderley, que naufragou em Cumuruxatiba, no litoral da Bahia.

A torre atual do Farol Garcia d’Ávila, construída em concreto, foi inaugurada no dia 20 de maio de 1971. No que diz respeito à Praia do Forte, cabe salientar que, nas proximidades do farol, são desenvolvidas uma série de atividades, por parte de biólogos, com o intuito de preservar as tartarugas marinhas que vivem ou passam pelas redondezas da costa.


Fonte consultada:

SIQUEIRA, Ricardo. Luzes do novo mundo; história dos faróis brasileiros/fotos Ricardo Siqueira; texto: Ney Dantas. Rio de Janeiro: O Autor, 2002.

Nenhum comentário:

Postar um comentário